Em julho não estarei apenas lançando “O Inverno das Fadas” pelo selo editorial Fantasy – Casa da Palavra, como também participo do livro “Geração Subzero” da editora Record.
O livro será lançado dia 11 de julho, na Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, com a presença do presidente Galeno Amorim, dos autores do livro (Estarei lá) e dos meninos da ONG “Ler é dez, leia favela” do Complexo de favelas do Alemão. Por decisão de nós autores envolvidos no projeto, a ONG receberá os direitos autorias desse livro.
Organizado pelo escritor Felipe Pena (O Verso do Cartão de Embarque, O Marido Perfeito Mora ao Lado, entre outros), a coletânea mostra um clima pop, descontraído e mágico, abordando diversos assuntos pela visão de escritores adorados pelos leitores brasileiros.
Estou muito feliz de participar desse projeto. Meu conto envolve a personagem principal de meu novo livro “O Inverno das Fadas”, abordando o romance dela com uma celebridade famosa da música internacional.
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Skoob do Livro: http://www.skoob.com.
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Os autores do Geração Subzero:
Thalita Rebouças, André Vianco, Eduardo Spohr, Raphael Draccon, Carolina Munhóz, Ana Cristina Rodrigues, Juva Batella, Estevão Ribeiro, Pedro Drummond, Luiz Bras, Luis Eduardo Matta, Eric Novello, Sérgio Pereira Couto, Delfin, Julio Rocha, Helena Gomes, Vera Carvalho Assumpção, Martha Argel, Janda Montenegro e Cirilo S. Lemos.
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Sobre o evento do dia 11/07 no Rio de Janeiro:
18:30 – Abertura do evento feita pelo presidente da Fundação Biblioteca Nacional. Leitura de contos pelos meninos da ONG “Ler é dez, leia favela” e bate-papo com o organizador e os autores da coletânea.
20:00 – Coquetel e sessão de autógrafos.
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Orelha feita por Felipe Pena:
As coletâneas costumam ser pretensiosas e elitistas. A revista Granta, por exemplo, teve a pretensão de apresentar os vinte melhores autores brasileiros com menos de quarenta anos. Mas que critérios definem os melhores? E quem define esses critérios? Figurinhas carimbadas pela “mídia especializada” e referendadas pelas panelas literárias levam vantagem nessa escolha?
Talvez a atitude mais honesta seja assumir que a escolha é pessoal, como fez o crítico Nelson de Oliveira, organizador do livro Geração 00, que, ainda assim, manteve o caminho da pretensão, ao tentar reunir os melhores autores de uma década.
Esses autores não estão preocupados com os leitores, mas apenas com a satisfação da vaidade intelectual, baseando suas narrativas em jogos de linguagem que têm como objetivo demonstrar uma suposta genialidade. É estranho que boa parte deles manifeste preocupações sociais e tendências políticas progressistas em suas entrevistas, enquanto suas práticas profissionais os levam a uma torre de marfim representada por feiras e festivais que os mitificam como ícones da literatura para aqueles que também se enxergam como elite.
Felizmente, há uma massa de leitores no país que ignora essa tentativa de forjar novos cânones para a literatura. É um público que se preocupa apenas com o prazer da leitura, com a relação afetiva com o livro, com as reflexões que uma história bem contada pode provocar e com a socialização dessas histórias e dessas reflexões. Sim, a socialização, pois aquele que tem prazer na leitura sempre recomenda o livro ao amigo mais próximo.
É para esse leitor que a coletânea Geração Subzero foi organizada. Aqui estão vinte autores congelados pela “crítica especializada”, mas adorados pelo público. Este livro não é uma antologia. Os contos e autores não têm a pretensão de figurar entre os melhores de sua geração ou estilo. Tampouco foram escolhidos exclusivamente pelo organizador da obra, que apenas observou os nomes comentados em redes sociais, blogs, salas de aula e grupos de discussão cujo objeto era simplesmente o prazer da leitura, além de ouvir os signatários do Manifesto Silvestre, um documento que defende o entretenimento como conceito de valor na literatura.
Todos os autores aqui reunidos cederam seus direitos autorais para a ONG “Ler é dez, leia favela”, que forma leitores no Complexo de favelas do Alemão, no Rio de Janeiro. Como Silvestre da Silva, personagem de Camilo Castelo Branco no livro Coração, cabeça e estômago, os escritores da Geração Subzero colocam a cara na vidraça e esperam pelas pedras e flores. Mais pedras do que flores. Os trocadilhos vão causar indigestão e os intelectualismos, cefaleia. Mas o coração não será atingido.