Resenha de “O Inverno das Fadas” pelo blog Iluminerds!
Link original: http://www.iluminerds.com.br/iluminamos-o-inverno-das-fadas-carolina-munhoz/
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Sophia, uma Leanan Sídhe, nunca teve problemas com a sua condição, afinal matar para sobreviver sempre foi algo muito corriqueiro para ela. Tudo parecia comum até que é mandada para um local novo com a missão de seduzir William a escrever um best-seller.
William é um homem ótimo por quem Sophia acaba se apaixonando e tendo que escolher entre a sua própria morte e a dele.
“O amor, desde o começo dos tempos, sempre fez isso com a cabeça das pessoas” (p. 269)
O modo como Carolina trabalha a intensidade que Sophie e William vivem é genial e totalmente envolvente, o que faz com que não seja possível largar o livro antes do final. Lembrando um típico thrilleramericano de ritmo rápido, leve e intenso, Sophie nos carrega até um mundo onde fadas são reais e amores impossíveis acontecem.
Nesse mundo que beira a realidade existem fatos tão comuns que torna possível imaginar que vários músicos e escritores famosos foram inspirados por uma fada como Sophia.
Cada capítulo é único, uma nova emoção e com isso cada capítulo contém o título de uma música que combina com a história tanto em ritmo quanto em letra. Quando se ouve a música indicada no capítulo durante a leitura parece que uma porta para outro mundo se abre e você está ali ao lado de Sophia vendo a vida como ela vê.
Vários assuntos polêmicos são tratados durante o livro e vários tabus são quebrados, dentre eles o sexual, visto que a fada Leanan Sídhe se alimenta através do sexo e o faz até que a pessoa a quem ela inspira se mate. Outros assuntos bem polêmicos [que não vou citar para não dar spoiler] são tratados com naturalidade e tamanha sutileza que mal percebemos o quão polêmicos eles realmente são.
Quando me deparei com o livro pensei que seria mais um chiquilite, porém o livro não é um chiquilite e sem dúvidas traz partes bem complexas e que beiram ao sombrio. O assunto principal [a fada e o amor dela por seu alimento] já é em si algo que é tratado com alguma tensão visto que ela realmente o vê como um alimento e não como um ser humano, a princípio.
De forma geral o livro se enquadra na minha expectativa e por isso é um dos meus favoritos, sendo super indicado para gostos de todos os gêneros e todas as idades.
Beijos.