Resenha de O Reino pelo blog “Book all over you”.
Link: http://booksalloveryou.blogspot.com.br/2014/09/resenha-o-reino-das-vozes-que-nao-se.html
Nota: (4)
É a primeira vez que leio alguma coisa da Carolina Munhoz, apesar de O Reino das Vozes Que Não se Calam, ser co-escrito com a atriz e cantora Sophia Abraão, e eu não ter bem ciência do que esperaria dessa parceria, já posso garantir que adorei a leitura, e vou contar Tim-Tim por Tim-Tim para vocês como foi essa experiência.
O livro narra à história da Sophie, uma garota magra e ruiva de dezessete anos que sofre bullying pela aparência que têm. Incompreendida pelos pais e pela amiga, num momento de amargura, é sugada até um Reino mágico habitado por criaturas inimagináveis, onde a garota descobre ser a tão esperada princesa que sucederá o trono. Entre viver no Reino e no mundo real, Sophie está diante de uma grande escolha, que só ela é capaz de decidir, e como tudo na vida, existe um preço a ser pago.
O primeiro ponto a destacar é a forma que as autoras criam o universo fantástico do livro e o desenvolvem. Sem muita enrolação, optam a seguir uma linha mais contida na protagonista, não perdem tempo em dar muitas explicações e nem sentido aquilo, fazem soar natural evitando o didatismo.
Em seguida vem a protagonista. Sophie é um pouco chatinha, e dramática também, mas as boas doses de ironia que foram inseridas em seus diálogos e pensamentos me fizeram dar boas gargalhadas, me vi ali. Depois de algumas pesquisadas na internete sobre a vida da Carol e da Sophia, a Sophie é uma mistura das duas, o que eu achei legal, ainda mais pelo tema que o livro aborda.
Existem outros personagens também que merecem seus destaques, um deles é Laura a mãe da Sophie, ela apesar de contrapor o estereótipo da filha sabe ser genialmente parecida, principalmente nos pensamentos exagerados. Adorei ver ela em cena.
A trama não fica presa no bullying, fala-se em depressão na adolescência, tema bem vigente no momento, primeiras experiências sexuais e outras coisas, tornando a trama bem interessante de se acompanhar, ainda bem que ambas as autoras não se prenderam ao clichê princesinha pura/santa/tonta, isso é bem chatinho.
O Reino das Vozes que não se Calam, é aquele livro doce e intenso, que despretensiosamente debate assuntos polêmicos usando fantasia, que segundo sei, é a melhor forma de encarar a realidade!